Bang Bang! Você Morreu
“Bang
Bang! Você Morreu” é um filme baseado em fatos reais, cuja história retrata uma
peça teatral com o mesmo nome do filme. Entretanto, a temática do filme vai
além da peça teatral. Com o desenrolar do enredo o bullying torna-se o principal foco, sendo este sofrido pela
personagem principal, o aluno Trevor Adams. A história toda se dá em uma escola
pública que teve que mudar sua rotina depois que Trevor tenta explodir com uma
bomba o time de futebol da escola, uma vez que o mesmo era vítima de bullying dos jogadores.
Bullying,
de acordo com Francisco e Libório (2009. p. 200) é uma violência que “ocorre
através da perseguição e intimidação de um aluno por um ou vários colegas, com
a intenção clara de provocar-lhe sofrimentos e apresenta caráter repetitivo e
intencional”. No caso do filme, o protagonista Trevor Adams sofre diversas
situações de bullying nas quais o
mesmo era chamado de “lixeira” ou “louco da bomba” e /ou até mesmo agressões
físicas.
Após
sofrer violência por parte dos colegas, Trevor, que era considerado um aluno
exemplar, muda de comportamento, o que o leva a ficar cada vez mais isolado
socialmente e a mudar suas relações com seus colegas de turma, professores e
seus próprios pais.
A
relação entre os professores e o aluno no filme pode ser considerada passiva,
uma vez que os mesmos não tinham conhecimento do que estava acontecendo na
escola entre os alunos. Porém, essa
situação muda ao nos depararmos como professor de teatro (Sr.Duncan) que era o
único a se relacionar com os alunos fora da sala de aula e a perceber o que
estava acontecendo na escola. No filme, o professor tenta ainda chamar a
atenção dos outros professores e da diretora da escola, porém estes já possuíam
suas mentes formadas, não dando oportunidade para o aluno. Já ao contrário, o aluno não entende o porquê
o professor não desiste dele e vê na rotulação de “louco da bomba”- modo como
professores e colegas o chamavam- uma forma de ser temido ou deixado em paz.
Em
consequência desse relacionamento conturbado com colegas de classe professores
e escola, o aluno também é excluído em relação a comunidade, ou seja, pessoas
têm medo dele, evitam que seus filhos se relacionem com ele. Não muito
diferente dos professores da escola, os pais de Trevor não sabem e não percebem
que o filho sofre bullying. Por causa
do atentado, culpam o filho pelo modo como as outras pessoas os tratam.
Ao
analisar criticamente esse cenário percebes-se dois pontos importantes para
discussão: o fato de ocorrer bullying
dentro de uma instituição educacional e a falha no sistema educacional ao não
detectar o ocorrido. Citando o próprio personagem Trevor Adams “crianças podem
ser as pessoas mais cruéis do mundo”. A instituição escolar é o lugar mais
comum para a pratica do bullying, uma
vez que as crianças/ adolescentes convivem a maior parte do dia juntas nesse ambiente. Porém,
não ser capaz de perceber a violência dentro da escola, mostra como o sistema
educacional não atende a necessidade de cada aluno. Em outras palavras, o fato
de alguns alunos sofrerem violência ao ponto de quererem matar os próprios
colegas e a si mesmos como forma de terminar essa situação, mostra que as
relações que se dão no ambiente escolar não estão indo bem.
Sendo
assim, conclui-se que o filme Bang Bang! Você Morreu é um ótimo material
didático para trabalhar com os alunos acerca da temática bullying. Também, pode-se dizer que é um material a ser considerado
na formação de professores visto que pode auxiliar a expor a realidade de
muitas escolas. Ainda não se sabe definitivamente como pôr um fim à violência
nas escolas, entretanto, não é desistindo dos alunos, desistindo da educação
que vamos conseguir isso.
Referência
FRANCISCO,
Marcos Vinicius; LIBÓRIO, Renata Maria Coimbra. Um estudo sobre bullying entre
escolares do ensino fundamental. Psicologia: Reflexão e crítica, v. 22, n. 2,
p. 200-207, 2009.
Veja o filme no link:
https://www.youtube.com/watch?v=KrSpOSrs97w
Avaliar é um processo contínuo, deve estar sempre acontecendo
e envolve aspectos quantitativos e qualitativos, ou seja o que importa não é
somente números ou um conceito tirado em uma prova, mas sim todo o trabalho
realizado no decorrer do tempo. Sendo
assim a avaliação deve ter significado tanto para o profissional que aplica
quanto para quem é avaliado. Portanto para isso, é preciso definir bem o que
vai ser avaliado, estabelecer critérios sendo que ambas as partes precisam
estar cientes dos mesmos e as atividades de avaliação devem estar de acordo com
os objetivos, competências e habilidades.
Mas
afinal, o que é isso? O planejamento está presente em todos os setores da
atividade humana e na Educação Física não é diferente.
Na didática
contemporânea, a classe é
formada por alunos participativos e diferentes, cada um contribui de acordo com
suas possibilidades e nível de aprendizagem. As aulas são ministradas com os alunos dispostos na sala de forma
individual ou em grupo e apresentam situações de aprendizagem variadas e
flexíveis. O professor é um
colaborador, orienta as atividades dos alunos e ajuda os mesmos a aprender a
aprender. Os conteúdos são
apresentados em situações reais em termos de experiências a serem vividas, são
trazidos para a realidade do aluno. O método
é ativo, de experimentação, redescoberto, globalizado e contemporâneo. O aluno é ativo, incentivado a
cooperação, independência de pensamento, criticidade e reflexão. Os objetivos focalizam as metas a serem
alcançadas.
José
Roberto Lages Guimarães, técnico da seleção brasileira de vôlei feminino, mais
conhecido como Zé Roberto, nasceu na cidade de Quintana-SP em 31 de julho de
1954. Começou a jogar vôlei com aproximadamente 12 anos de idade, mas foi aos
15 anos em 1969 que sua carreira profissional como jogador de voleibol se
iniciou. Atuou em clubes nacionais como Santo André, Blumenau e Atlético
Mineiro e também chegou a atuar no vôlei italiano por algum tempo. Por ser
ativo desde a adolescência, cursou faculdade de Educação Física pela
FEFISA-Faculdades Integradas de Santo André.
De
acordo com reportagens e entrevistas dadas, pode-se observar algumas
características da didática em seu trabalho. Como técnico, Zé Roberto costuma
ser uma figura serena, de fala cadenciada, o que ajuda no diálogo com as
jogadoras. O técnico prefere focar o seu trabalho no estudo de times melhores
que a seleção e a partir disso utilizar de técnicas e estratégias para vencer o
oponente. Entretanto, no início quando assumiu a seleção o técnico percebeu que
somente o estudo dos outros times não era suficiente. O técnico detectou a
necessidade de aumentar a força de membros superiores de suas jogadoras para
melhorar alguns elementos do jogo como saques e ataques. No entanto, é de senso
comum que mulheres não gostam de trabalhar braços. Portanto, Zé Roberto teve
que dialogar muito com suas atletas e mostrar para elas que para obter o objetivo
final ou até mesmo o que elas queriam (medalha de ouro) era preciso realizar o
treinamento resistido.
